A Europa mantém-se como ator principal

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Bahman Farzad, Flickr, Creative Commons

Os especialistas da Fidelity apresentaram recentemente em Madrid as suas perspetivas para 2014 onde mostram que a Europa está a voltar à zona da ação da economia mundial.

Dominic Rossi, Global CIO da Fidelity, afirma que este ano trará um “ambiente propício para uma melhoria estrutural nos EUA onde a confiança do consumidor será um dos pilares”.

Já sobre a Europa, o CIO evidencia que o Purchasing Managers Index (PMI) está a recuperar, estando acima de 50%. No que diz respeito à competitividade, esta está a “recuperar na Europa com o Velho Continente a melhorar a sua competitividade (em relação à Alemanha). No entanto, existe uma forte ameaça de deflação”, afirma o especialista. Sobre a inflação o especialista afirma que “está fraca na zona euro”.

Voltando-se para outros mercados, o Global CIO da gestora refere que os “mercados emergentes globais estão à procura de um novo modelo de crescimento. Também as reformas estruturais e um modelo de exportação mais virado para a procura interna” devem estar em cima da mesa.

Já Dan Roberts, portfolio manager do fundo FF Global Dividend, prefere destacar o crescimento dos mercados de capitais que deve ser mais moderado do que a rendibilidade das empresas que está em máximos históricos. Já para 2014 o especialista refere que a melhor opção será uma “estratégia  baseada em ações sólidas que consigam gerar dividendos”. Esta opção advém do facto destas empresas oferecerem as melhores perspetivas para obter bons resultados a longo prazo. “Ter um portfólio diversificado geograficamente e sectorialmente será a chave para o sucesso”, refere o gestor. O fundo tem cerca de 33% investido nos EUA, 16% no Reino Unido e 25% na Zona Euro. Em termos sectoriais, a saúde vai à frente com 20% da carteira, com 15% a pertencer ao consumo discricionário e 13% às financeiras.

O portfolio manager do fundo FF European High Yield, Andrei Gorodilov, preferiu destacar que em 2014 haverá uma visão mais equilibrada para o mercado High Yield na Europa, com o retorno total a ser apenas de um digito. O gestor destaca o que a Europa está no bom caminho, embora o desemprego e a austeridade possam colocar um travão no crescimento europeu.

O gestor dá enfâse, também, à seleção de crédito que será fundamental para os retorno futuros.