A Europa continua a ser o centro das atenções...por vários motivos

A Grécia cedeu ao Eurogrupo e apresentou o seu pedido de extensão de 6 meses do empréstimo. Esse prazo deverá servir para negociar com mais folga um novo resgate, e coloca pressão num governo, recém-eleito, que garantiu aos seus votantes, o fim da austeridade, o fim da troika e o fim do resgate. Este braço de ferro entre o Eurogrupo e os responsáveis Gregos vai com certeza continuar. 5 anos depois do primeiro resgate nada melhorou na Grécia, Tsipras considera o seu país à beira de uma catástrofe humanitária, e até Jean-Claude Juncker admite que a troika pecou contra a dignidade de Portugueses, Irlandeses e Gregos.

No cenário Europeu outra crise se destaca com o conflito na Ucrânia, com o cessar-fogo recentemente assinado a não passar do papel, com ambas a partes a deixarem de cumprir muito rapidamente o acordado.  É difícil imaginar uma solução para ambos os casos que não seja uma solução diplomática.

Nos Estados Unidos realce para a publicação das minutas do FOMC. Apesar de vários membros da Reserva Federal dos Estados Unidos se manterem optimistas em relação ao momento que a economia Americana atravessa, o abrandamento global pode ter impacto na recuperação e preocupam sobremaneira. As minutas do FOMC mostraram também que a ameaça de uma descida na inflação é real e levada muito a sério pela Reserva Federal.

No que à política monetária diz respeito a divisão parece imperar, com alguns a defenderem uma subida de taxas já a meio de 2015 e outros a preferirem esperar pela confirmação de que a inflação se situe perto do objectivo dos 2%. Mais alguma dica sobre a primeira subida de taxas só com o testemunho de Yellen no Congresso no próximo dia 24 de fevereiro.

Em Portugal o grande destaque vai para a colocação de dívida Portuguesa a 11 meses ao nível mais baixo de sempre (colocou 1.000 milhões de Euros a 0.138%) numa clara demarcação em relação à possibilidade de vir a sofrer com o contágio da crise na Grécia, e também para o Espanhol CaixaBank que lançou uma OPA sobre o BPI (do qual já era accionista de referência com 44.39%).

(Imagem: NASA's Marshall Space Flight Center, Flickr, Creative Commons)