2020 Ambition: as novas medidas da ALFI

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Flavio Ensiki, Flickr, Creative Commons

O mais recente contexto macroeconómico levou a Association of the Luxembourg Fund Industry (ALFI) a agir. As possíveis consequências de eventos como o Brexit ou de novas alterações no panorama da indústria de fundos de investimento, como a tecnologia, educação financeira, eficiência operacional e a gestão de custos são alguns dos desafios que a entidade procura ajudar a ultrapassar.

Como tal, em 2015 a entidade lançou o 2020 Ambition, no qual definiu uma série de objetivos que se propõe a alcançar. Para além destes, foram identificados vários fatores potencialmente disruptivos para a indústria de fundos de investimento, fatores esses que “desde então, se materializaram e, em alguns casos, de forma inesperada ou com um impacto ainda mais profundo do que o esperado nos modelos de negócio, produtos ou estratégias”, revela Denise Voss, presidente da ALFI.

Entre esses fatores estão o protecionismo; as crescentes suscetibilidades do sector público de pensões; a procura incessante por retornos adequados num ambiente de taxas baixas ou até mesmo negativas; e as alterações nas estratégias de investimento (veículos de investimento passivo e investimento socialmente responsável).

Assim, na sequência da “Alfi Global Distribution Conference”, a entidade acrescentou algumas iniciativas ao plano inicial, auxiliando os seus membros a ultrapassar estes e outros desafios:

  1. Fortalecimento do compromisso para com a iniciativa de União dos Mercados de Capitais, levada a cabo pela Comissão Europeia, ao encorajar uma maior distribuição transfronteiriça de fundos de investimento;
  2. Trabalhar de forma ativa na implementação da proposta da União Europeia dos pan-European personal pension product (PEPP) (ler mais);
  3. Lançamento da plataforma online www.understandinginvesting.org, enquanto medida para a educação financeira;
  4. Proporcionar aos investidores de várias regiões do mundo (América Latina, China, Sudeste Asiático, entre outras) o acesso a oportunidades de mercado globais, como foi o caso bem sucedido na Austrália, onde o acesso a UCITS aos investidores institucionais foi facilitado;
  5. Consciencialização relativamente às oportunidades já identificadas relativamente às tecnologias digitais/fintech (Blockchain, Big Data, entre outras);
  6. Criação de uma base de dados de fundos de investimento no Luxemburgo, em parceria com a University of Luxembourg, num programa de estímulo à inovação, investigação, educação e desenvolvimento de competências.  

Por fim, e tendo em conta o ambiente regulatório, o Luxemburgo surge em destaque enquanto centro de fundos, “uma vez que o seu modelo testado e aprovado de delegação tem funcionado de forma positiva nas últimas três décadas, oferecendo aos investidores europeus e não-europeus acesso a gestão especializada de portefólios”, revela o comunicado emitido pela entidade.

O relatório pode ser consultado de forma mais detalhada aqui