2015: ano record nos fluxos de ETFs europeus

record_atleta
News Flasher, Flickr, Creative Commons

O ano de 2015 tinha tudo para ser um ano de consolidação para os Exchange Traded Funds, que iniciavam o ano passado a bater records de entrada, pelo menos na Europa

O ETP Landscape elaborado pela BlackRock referente ao ano de 2015, confirma precisamente essa consolidação e a boa forma dos produtos, principalmente europeus. Segundo as informações da gestora, os fluxos que se dirigiram aos ETPs domiciliados na Europa com exposição a ações totalizaram os 50.6 mil milhões de dólares no final do ano, ao passo que os produtos de obrigações não ficaram muito longe, com entradas de dinheiro que rondaram os 30.3 mil milhões de dólares.

Ursula Marchioni, chief strategist for iShares EMEA, afirma precisamente que “2015 foi um ano record para a indústria de ExchangeTraded Products, tanto para os de ações, como para os de obrigações”. Na opinião da pofissional foram dois os grandes temas que guiaram esta tendência. Em primeiro lugar “as divergências entre bancos centrais que resultaram num movimento de saída dos ativos norte-americanos para os mercados de investidores domésticos europeus”. Em segundo lugar, acredita que “os investidores europeus à procura de yield começaram a comprar investment grade, high yield e produtos de dívida de mercados emergentes, emitida pelas empresas europeias e com sede nos EUA, atraídas pela yield oferecida comparativamente com as obrigações governamentais de mercados desenvolvidos”.

Os ETPs em termos globais também conseguiram uma soma importante de fluxos no ano passado, alcançando um record de 351.8 mil milhões de dólares. Como já referido, o dinheiro que entrou nos produtos de ações europeias sustentou esta categoria, mas na primeira metade de 2015 também os ETFs que seguem a bolsa nipónica conseguiram arrecadar fluxos importantes.

No que diz respeito aos ETFs de dívida, “os fluxos cresceram numa perspetiva mais orgânica”, representando uma 27% dos fluxos dos ETPs globais.

Aitor Jauregui, head of Business Development da BlackRock para Portugal, Espanha e Andorra, refere também que “a indústria global conseguiu um record anual graças ao crescimento da adopção de medidas referentes às obrigações, e também por causa dos notáveis fluxos nos mercados desenvolvidos fora dos EUA”.