1.º trimestre de 2015: Portugal passou na ‘prova’ das captações nos fundos UCITS

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Iceman Forever, Flickr, Creative Commons

No trimestre que ficou marcado pelo início do Quantitative Easing na Europa, os últimos dados da EFAMA – Associação Europeia de Gestão de Fundos de Investimento e Patrimónios – reportam o que parece ter sido um ‘empurrão’ dado pelo programa de flexibilização quantitativa para as entradas de dinheiro nos produtos com marca UCITS. Os dados da Associação falam de fluxos de entrada de 285 mil milhões de euros no conjunto dos fundos harmonizados europeus nos primeiros três meses de 2015, o que compara com os 49 mil milhões alcançados no trimestre antecessor.

Contrariamente com outros trimestres, Portugal foi uma surpresa positiva no que toca às captações arrecadas pelos fundos UCITS no período. Desta vez, o nosso país juntou-se ao conjunto de 22 países membros da EFAMA, que em janeiro, fevereiro e março deste ano conseguiram registar entradas de dinheiro nos fundos harmonizados. Assim, em termos totais, foram 402 milhões de euros que se dirigiram aos produtos UCITS nacionais, um valor que compara com os 44 milhões de euros que saíram destes fundos no último trimestre de 2014.

Fundos multi-ativos com mais captações 

Analisando cada uma das categorias de fundos, o destaque vai inegavelmente para os fundos multi-ativos, que no período registaram subscrições líquidas na casa dos 360 milhões de euros. Os fundos de mercado monetário – que no último trimestre do ano passado tinham sido a única categoria a registar inflows – terminaram os primeiros meses de 2015 com captações de 39 milhões de euros. Seguiram-se as categorias de fundos de obrigações e de fundos de ações, que arrecadaram respetivamente 25 e 20 milhões de euros no período. A contrastar esteve o grupo de “outros fundos”, que registou outflows de 45 milhões de euros.

Indústria luxemburguesa continua caminho de consolidação 

O Luxemburgo foi o país que nos três primeiros meses de 2015 conseguiu o maior volume de captações líquidas nos fundos UCITS, no caso 116 mil milhões de euros. França também se redimiu de um trimestre negro no término de 2014, conseguindo agora alcançar entradas de mais de 66 mil milhões de euros nos produtos harmonizados.